Green Greens: Kirby's Dream Land

Kirby's Dreamland foi um jogo de plataforma lançado em 1992 para o sistema portátil Gameboy e logo em 2011 foi relançado no Virtual Console do 3DS dias 7 e 30 de Junho. Ele marca a primeira aparição do personagem Kirby no mundo dos jogos. Kirby's Dreamland foi um dos jogos mais populares do console, sendo o quarto mais vendido do portátil. Especialmente por seu gameplay criativo e estilo gráficos bem agradavéis para o sistema. Os tempos de 1992 ainda eram parte da era dourada da indústria dos games, não estou dizendo que hoje os jogos não são bons, mas enfim. Durante a construção do jogo, ele teve vários nomes, o nome original seria Popopo.

Mas acho que acharam Popopo um nome muito tosco e mudaram pra Kirby mesmo. Também mudaram muito o esquema de cores dele, o criador do jogo, Masahiro Sakurai, queria que Kirby fosse rosa, e Shigeru Miyamoto queria que ele fosse amarelo, isso resultou em uma confusão enorme na qual ele foi dado como branco quando o jogo foi lançado na versão americana, mas mais tarde, colocaram a cor do Kirby como rosa mesmo, como vocês podem ver até no layout do blog. Já a história de Kirby's Dreamland é simples como a maioria dos platformers da época. King Dedede, um penguin maldito roubou toda a comida existente em Dreamland, e agora Kirby tem que espancar esse penguin até ele devolvertudo para todos os habitantes. Mas algo que me chama a atenção é que ao decorrer da jornada, você encontra muita comida "livre"...quem sabe o Dedede decidiu não matar seus servos de fome, não....erm. Agora, falando do gameplay, logo no começo ele pode parecer bem bizarro, mas consegue ser divertido sim. Você pula e voa, infelizmente a habilidade de voar parece ter deixado o jogo "seguro" demais, mas você também pode atacar os oponentes com a bola de ar que Kirby cospe após parar de voar...e você pode sugar seus inimigos! Isso mesmo, você engole eles e cospe eles nos outros, como se eles fossem munição. Acaba sendo algo bem diferente do que foi apresentado naquela época, e esse é um dos fatores que faz Kirby's Dreamland ser um jogo bem criativo. O jogo écomposto por 5 fases que tem tamanhos decentes para compensar esses poucos níveis. O começo é fácil, mas a partir da terceira fase, o jogo dá um aumento notável na dificuldade, às vezes jogando armadilhas sujas. Não que isso seja algo super cheap, especialmente por que o jogo tem uma mecânica muito simples. Mas algumas situações conseguem ser irritantes para alguns jogadores iniciantes. O jogo tem um monte de inimigos que infelizmente acabam tendo patterns de ataques bem genéricas, parecendo que são só trocas de skins uns dos outros, deixando a variedade um pouco mais precária. Mas, falando dos inimigos. Ao final de cada level tem um boss um bem diferente do outro, o primeiro boss do jogo mais tarde se tornaria um personagem muito recorrente na série de jogos do Kirby. Entre as fases também tem alguns mid-bosses, exceto na fase 3. Já a fase final, antes de lutar com Dedede, você deve passar por pequenas telas baseadas em fases anteriores e derrotar os quatro bosses de antes. Em meio a todo esse conteúdo do jogo, após derrotar o Dedede, você irônicamente libera o modo extra do jogo, que na verdade é o mesmo jogo, só que com o Enemy Placement muito mais irritante, inimigos novos e que causam mais dano, e os itens agora restauram menos vida. Mas uma vantagem disso é que os bosses (ao menos os primeiros) nesse modo consegue ter uma dificuldade decente. E terminando o Extra Mode você libera o Configuration Mode, onde você pode ouvir as

músicas e sons do jogo, ou mudar com quantas vidas e com quanto life você começa no jogo. O problema é que liberar pequenas mudanças por zerar o jogo algumas vezes não é realmente um estímulo ao jogador. Mas Agora, terminando de falar de gameplay. Os gráficos do jogo são bem bonitinhos para a capacidade do Gameboy, eles são em preto e branco, mas a versão japonesa parece ter um tom colorido, ou ao menos jogar isso no Game Boy Player do Gamecube dá essas cores. Nunca tive um Game Boy de verdade pra saber. As fases tem cenários diferentes um do outro, incluindo florestas, castelos, cavernas e ilhas. Os sprites que dão detalhe a isso ficaram agradáveis também. Kirby's Dreamland também tem uma trilha sonora 8-bits muito boa, muitas das músicas do jogo foram remixadas várias vezes em futuros jogos da série, destaque para Green Greens e a própria música do King Dedede. Alguns sons de fundo parecem um pouco desfocados, mas nada que incomode. Por último, mas não menos importante, é preciso saber que nesse jogo, Kirby não tem habilidades como espada, fogo, gelo, eletricidade e relacionados. Se você jogou um desses jogos mais modernos dele, pode parecer um pouco estranho jogar Kirby sem habilidades. Mas e compensação, o jogo tem alguns elementos espalhados no cenário que dão habilidades temporárias, como um microfone que originou a habilidade Mike, um Curry Superpicante que faz o Kirby cospir fogo por um limite de tempo, uma bomba que quando lançada causa explosões em linha reta, e uma folha de menta usada em uma boss fight para atirar em um balão.

Resumindo...

Kirby's Dreamland foi um jogo único para a época, que é divertido e deu origem a uma das melhores séries dos jogos em minha opinião, mas infelizmente falha em estimular o jogador a jogar novamente, mesmo tendo os modos Extra e Configuration. Em compensação, o aspecto de Gameplay, Gráficos e Soundtrack do jogo são um ponto forte pela criatividade.

Gráficos